Sejam Bem Vindos,
Louvado Seja O Nosso Senhor Jesus Cristo
R. Para sempre seja louvado!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Carta do Papa Francisco na Abertura do V Centenário

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

"O Papa Francisco dirige a seguinte carta ao bispo de Ávila, Monsenhor Jesús García Burillo, por ocasião do início do Ano Jubilar celebrativo do V Centenário do nascimento de Santa Teresa (1515-2015)."

Vaticano, 15 outubro 2014 

A Monsenhor Jesús García Burillo 
Bispo de Ávila 
Ávila 

Querido Irmão: 

A 28 de março de 1515 nasceu em Ávila uma menina que com o passar do tempo seria conhecida como santa Teresa de Jesus. Ao aproximar-se o quinto centenário do seu nascimento, volto o olhar para essa Cidade para agradecer a Deus pelo dom desta grande mulher e animar os fieis da querida diocese de Ávila e a todos os espanhóis para que conheçam a história dessa insígnia fundadora, para que leiam os seus livros, os quais, a par das suas filhas nos numerosos Carmelos espalhados pelo mundo, nos continuam a dizer quem e como foi a Madre Teresa e o que nos pode ensinar aos homens e mulheres de hoje. 

Na escola da santa andarilha aprendemos a ser peregrinos. A imagem do caminho pode sintetizar muito bem a lição da sua vida e da sua obra. Ela entendeu a sua vida como caminho de perfeição pelo qual Deus conduz o homem, morada após morada, até Ele e, ao mesmo tempo, o põe em caminho para os homens. Por que caminhos quer levar-nos o Senhor seguindo as pegadas e pela mão de santa Teresa? Gostaria de recordar quatro que me fazem muito bem: o caminho da alegria, da oração, da fraternidade e do tempo próprio. 

Teresa de Jesus convida as suas monjas a «andar alegres servindo» (Caminho 18,5). A verdadeira santidade é alegria, porque “um santo triste é um triste santo”. Os santos, mais do que esforçados heróis são fruto da graça de Deus aos homens. Cada santo manifesta-nos um traço do multiforme rosto de Deus. Em santa Teresa contemplamos o Deus que, sendo «soberana Majestade, eterna Sabedoria» (Poesia 2), revela-se próximo e companheiro, tem as suas delícias em conversar com os homens: Deus alegra-se connosco. E, por sentir o seu amor, experimentava uma alegria contagiosa que não podia dissimular e que transmitia à sua volta. Esta alegria é um caminho que temos de andar durante toda a vida. Não é instantânea, superficial, barulhenta. É preciso procurá-la já «nos princípios» (Vida 13,l). Expressa o gozo interior da alma, é humilde e «modesta» (cf. Fundações 12,l). Não se alcança pelo atalho fácil que evita a renúncia, o sofrimento ou a cruz, mas que se encontra padecendo trabalhos e dores (cf. Vida 6,2; 30,8), olhando para o Crucificado e procurando o Ressuscitado (cf. Caminho 26,4). Daí que a alegria de santa Teresa não seja egoísta nem auto-referencial. Como a do céu, consiste em «alegrar-se que se alegrem todos» (Caminho 30,5), pondo-se ao serviço dos demais com amor desinteressado. Da mesma forma que disse a um dos seus mosteiros em dificuldades, a Santa diz-nos também hoje a nós, especialmente aos jovens: «Não deixem de andar alegres!» (Carta 284,4). O Evangelho não é uma bolsa de chumbo que se arrasta pesadamente, mas sim uma fonte de gozo que enche de Deus o coração e o leva a servir os irmãos! 

A Santa transitou também o caminho da oração, que definiu de forma bela como um «tratar de amizade estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama» (Vida 8,5). Quando os tempos são “difíceis”, são necessários «amigos fortes de Deus» para dar sustento aos fracos (Vida 15,5). Rezar não é uma forma de fugir, também não é evadir-se, nem isolar-se, mas sim avançar numa amizade que tanto mais cresce quanto mais se trata com o Senhor, «amigo verdadeiro» e «companheiro» fiel de viagem, com quem «tudo se pode sofrer», pois sempre «ajuda, dá esforço e nunca falta» (Vida 22,6). Para orar «não está a coisa em pensar muito mas sim em amar muito» (Moradas IV,1,7), em voltar os olhos para olhar aquele que não deixa de olhar-nos amorosamente e sofrer por nós pacientemente (cf. Caminho 26,3-4). Por muitos caminhos pode Deus conduzir as almas para si, mas a oração é o «caminho seguro» (Vida 213). Deixá-la é perder-se (cf. Vida 19,6). Estes conselhos da Santa têm uma atualidade perene. Sigam, pois, pelo caminho da oração, com determinação, sem deter-se, até ao fim! Isto vale particularmente para todos os membros da vida consagrada. Numa cultura do provisório, viva a fidelidade do «para sempre, sempre, sempre» (Vida 1,5); num mundo sem esperança, mostrem a fecundidade de um «coração enamorado» (Poesia 5); e numa sociedade com tantos ídolos, sejam testemunhas de que «só Deus basta» (Poesia 9). 

Este caminho não podemos fazê-lo sozinhos, mas sim juntos. Para a santa reformadora o caminho da oração transcorre na via da fraternidade no seio da Igreja mãe. Esta foi a sua resposta providencial, nascida da inspiração divina e da sua intuição feminina, aos problemas da Igreja e da sociedade do seu tempo: fundar pequenas comunidades de mulheres que, à imitação do “colégio apostólico”, seguiram Cristo vivendo simplesmente o Evangelho e sustendo toda a Igreja com uma vida feita oração. «Para isto vos juntou Ele aqui, irmãs» (Caminho 2,5) e tal foi a promessa: «que Cristo andaria connosco» (Vida 32,11). Que linda definição da fraternidade na Igreja: andar juntos com Cristo como irmãos! Para isso não recomenda Teresa de Jesus muitas coisas, simplesmente três: amar-se muito unos aos outros, desprender-se de tudo e verdadeira humildade, que «ainda que a digo por último é a base principal e as abraça todas» (Caminho 4,4). Como desejaria, nestes tempos, umas comunidades cristãs mais fraternas onde se faça este caminho: andar na verdade da humildade que nos liberta de nós mesmos para amar mais e melhor aos demais, especialmente aos mais pobres! Nada há mais belo do que viver e morrer como filhos desta Igreja mãe! 

Precisamente porque é mãe de portas abertas, a Igreja sempre está em caminho para os homens para levar-lhes aquela «água viva» (cf. Jo 4,10) que rega o horto do seu coração sedento. A santa escritora e mestra de oração foi ao mesmo tempo fundadora e missionária pelos caminhos de Espanha. A sua experiência mística não a separou do mundo nem das preocupações das pessoas. Pelo contrário, deu-lhe novo impulso e coragem para a acção e para os deveres de cada dia, porque também «entre as panelas anda o Senhor» (Fundações 5,8). Ela viveu as dificuldades do seu tempo - tão complicado – sem ceder à tentação do lamento amargo, mas antes aceitando-as na fé como uma oportunidade para dar um passo mais no caminho. E é que, «para fazer Deus grandes mercês a quem de verdade o serve, sempre há tempo» (Fundações 4,6). Hoje Teresa diz-nos: Reza mais para compreender bem o que acontece à tua volta e assim atuar melhor. A oração vence o pessimismo e gera boas iniciativas (cf. Moradas VII, 4,6). Este é o realismo teresiano, que exige obras em vez de emoções, e amor em vez de sonhos, o realismo do amor humilde ante um ascetismo trabalhoso! Algumas vezes a Santa abrevia as suas saborosas cartas dizendo: «Estamos de caminho» (Carta 469,7.9), como expressão da urgência em continuar até ao fim com a tarefa começada. Quando arde o mundo, não se pode perder o tempo em negócios de pouca importância. Oxalá contagie a todos esta santa pressa para sair e percorrer os caminhos do nosso próprio tempo, com o Evangelho na mão e o Espírito no coração! 

«Já é tempo de caminhar!» (Ana de São Bartolomeu, Últimas acções da vida de santa Teresa). Estas palavras de santa Teresa de Ávila às portas da morte são a síntese da sua vida e convertem-se para nós, especialmente para a família carmelita, para os habitantes de Ávila e para todos os espanhóis, numa preciosa herança a conservar e enriquecer. 

Querido Irmão, com a minha saudação cordial, a todos vos digo: Já é tempo de caminhar, andando pelos caminhos da alegria, da oração, da fraternidade, do tempo vivido como graça! Percorramos os caminhos da vida pela mão de santa Teresa. Seus passos conduzem-nos sempre a Jesus. 

Peço-vos, por favor, que rezem por mim, pois necessito. Que Jesus vos abençoe e a Virgem Santa vos proteja. 

Fraternalmente, 
Francisco.

Fonte:http://www.carmelitas.pt/site/noticias/noticias_ver.php?cod_noticia=350

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Santa Madre Teresa de Jesus


Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Irmãos, hoje iniciamos a abertura para o V Centenário de nascimento de nossa Santa Madre fundadora, Teresa de Jesus. O Carmelo está em festa, assim como toda nossa Igreja! Vejamos um pouco sobre quem é esta grande santa.

Quem é Teresa de Jesus?
Teresa de Jesus, também conhecida como Teresa de Ávila é uma mulher que fala de Deus – Fala dEle como de Alguém conhecido.

Teresa de Cepeda e Ahumada nasceu em Ávila (Espanha), a 28 de março de 1515, Filha de Alonso de Cepeda e Beatriz e Ahumada, encontra acolhida e amor por parte dos pais, juntamente com seus 11 irmãos. Aos sete anos, junto com seu irmão Rodrigo, decide fugir para as “Terras dos Mouros” a fim de serem decapitados por Cristo (V 1,5); mas foi uma fuga mal sucedida. 

Na manhã de 02 de novembro de 1535, Teresa foge novamente de casa, pois seu pai era contra sua decisão de ser monja. Ingressa no Mosteiro Carmelita da Encarnação, em Ávila. E, em 03 de novembro de 1537, faz sua profissão religiosa. 

Em 1560 com a idade de 45 anos e como fruto de uma intensa evolução espiritual, Teresa, com algumas companheiras do Mosteiro da Encarnação, começou a pensar na possibilidade de fundar um convento onde pudesse viver uma vida carmelitana mais perfeita: retornar à Regra Primitiva da Ordem, vida de solidão, mortificação e oração e, especialmente, a vida fraterna. (V 32,9-10).

Assim, a 24 de agosto de 1562, à exposição do Santíssimo Sacramento e o repique da campainha anunciam a Fundação do Mosteiro de São José de Ávila e a tomada de Hábito das quatro primeiras carmelitas descalças. (V 36,5). Dona Teresa de Ahumada passa a ser Teresa de Jesus.

Teresa – Mestra de Oração
A oração ocupa papel central em sua vida e em sua doutrina. Teresa de Jesus assim define a oração:

"Para mim, a oração não é senão tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com 
Quem sabemos que nos ama." (V8,5)
Teresa de Jesus também deixa consignado em suas obras um método completo de oração, estudando todas as etapas que deve percorrer a pessoa para chegar aos últimos graus de intimidade com Deus. Aos 54 anos de idade, Santa Teresa começa a caminhar como inquieta andarilha a fim de fundar outros mosteiros. Ao todo, 17 conventos num período de 20 anos.



Em 04 de outubro de 1582, morreu em Alba de Tormes (Espanha). Foi beatificada em 1614 e canonizada em 1622. Graças aos seus escritos espirituais, o Papa Paulo VI declarou-a Doutora da Igreja, em 27 de setembro de 1970.

A Ordem do Carmelo em 2015 celebrará o V Centenário de vida desta grande Santa e prepara-se estudando as Obras de sua Fundadora.


As principais obras de Santa Teresa são: Livro da Vida, Caminho de perfeição, Castelo interior (ou Moradas), Fundações e Cartas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tríduo de Santa Teresa de Jesus 2014

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Irmãos, neste mês de outubro iremos celebrar um tríduo em preparação para a festa de nossa fundadora do Carmelo Descalço, Santa Madre Teresa de Jesus (15/10). Contamos com a oração e presença de todos, em breve postaremos um pouco sobre a vida e história desta grande santa. Segue os horários em preparação para a festa:

Dia 12/10 - Santa Missa às 8:15hs
Dia 13/10 - Santa Missa às 17:30hs
Dia 14/10 - Santa Missa às 17:30hs

E no dia 15/10, solenidade, a Santa Missa serás às 8hs!