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sábado, 21 de julho de 2012

Solenidade de Nossa Senhora do Carmo 2012



Segunda-feira 16.07.2012, Solenidade de Nossa Senhora do Carmo - e também profissão simples da Ir. Maria da Trindade da Santa Face, OCD - no Carmelo de Nossa Senhora do Sorriso e Santa Teresinha, reuniu diversos fiéis que queriam renovar seus votos com a Virgem do Carmo. Em relação aos votos que tivemos de nossa querida irmã, numa manhã encantadora em que o sol tomou conta no imenso céu azul. Tivemos a presença do frei carmelita, que veio diretamente de Roma, dois sacerdotes e amigos que compartilharam de tamanha alegria.

Em particular homilia o frei nos relembra uma mensagem muito importante já dita por uma santa carmelita: "Deus é luz. Deus é noite porque é luz. Não se pode chegar a contemplar a beleza da luz seus efeitos, sem fazer a experiência da noite. Mais fortes são os seus contrastes e mais a beleza resplandece." ( Santa Teresa Margarida Redi, OCD). E nos fez refletir que no exílio, é que Deus Nosso Senhor, quer que perseveremos com Ele. E que sem as lutas nada seria. 

E não parou por aí. Na oração da tarde conhecida como vésperas, ainda compartilhando da graça do dia, rezamos e cantamos, e por ser solenidade tão significativa havia o solene Salve Regina! E aspergidas pela água benta, sai em retorno para casa. Bem como já havia dito que este blog será informativo, aí vai um pouco da história de Nossa Senhora do Carmo:

"Nossa Senhora do Carmo (ou Nossa Senhora do Monte Carmelo) é um título consagrado à Nossa Senhora. Este título apareceu com o propósito de relembrar o convento construído em honra da Santíssima Virgem Maria nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, em Israel.

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".

Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45). Estes profetas foram "participantes" da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo 

Um sinal da vida humana

"Vivemos num mundo feito de realidades materiais cheias de simbolismo: a luz, o fogo, a água... Na vida de cada dia existem experiências de relações entre os seres humanos que exprimem e simbolizam coisas mais profundas como partilhar a comida (sinal de amizade), participar de uma manifestação de massa (sinal de solidariedade), celebrar junto de uma festa nacional (sinal de identidade). Temos necessidade de sinais ou símbolos que nos ajudem a compreender e a viver os fatos mais conscientes daquilo que somos como pessoas e como grupos."

Um sinal da vida cristã

"Jesus é o grande dom e o sinal do amor do Pai. Ele estabeleceu a igreja como sinal e instrumento do seu amor. Na vida cristã também existem sinais. Jesus os utilizou: o pão, o vinho, a água, para nos fazer compreender realidades superiores que não vemos e não tocamos. Na celebração da Eucaristia e demais sacramentos (batismo, confirmação, reconciliação, matrimônio, ordem sacerdotal, unção dos enfermos), os símbolos (água, óleo, imposição das mãos, alianças), exprimem o seu significado e introduzem-nos numa comunicação com Deus, presente através deles. Além dos sinais litúrgicos, existem na igreja outros ligados a um acontecimento, a uma tradição, a uma pessoa. Um deles é o Escapulário do Carmelo."

Um sinal mariano

"Um dos sinais da tradição da Igreja, há sete séculos, é o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. É um sinal aprovado pela igreja e aceite pela Ordem do Carmo como manifestação extrema de amor a Maria, de confiança filial nela e do compromisso de imitar a sua vida. A palavra "Escapulário" indica uma vestimenta que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo assumiu um significado simbólico: o de carregar a cruz de cada dia, como os discípulos e seguidores de Jesus. Em algumas Ordens religiosas, como no Carmo, o Escapulário tornou-se um sinal da sua identidade e vida. O Escapulário simbolizou o vínculo especial dos carmelitas com Maria a Mãe do Senhor, que exprime a confiança na sua materna proteção e o desejo de imitar a sua vida de doação a Cristo e aos outros. Transformou-se assim num sinal mariano."

Das Ordens Religiosas ao Povo de Deus


"Na idade média, muitos cristãos queriam associar-se às Ordens religiosas fundadas naquele tempo: franciscanos, dominicanos, agostinianos, carmelitas. Surgiram grupos de leigos associados a eles, por meio das confraternidades. 

Todas as Ordens religiosas desejavam dar aos leigos um sinal de afiliação e participação do próprio espírito e do próprio apostolado. Este sinal era constituído de uma parte do hábito: a capa, o cordão, o Escapulário.

Entre os carmelitas estabeleceu-se o Escapulário como o sinal de afiliação à Ordem e expressão da sua espiritualidade."


Os grandes privilégios do Escapulário

"No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral.  Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu- lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: 'Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre'. A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.

Em nossa época de superstições, não é supérfluo esclarecer que o Escapulário está longe de ser um sinal "mágico" de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso nos dispensa das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: "Estou salvo!" É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: 'Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno'. 

Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável! Alguns exemplos atestam de modo eloqüente esta verdade. 

Viajando de automóvel em companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma mulher entrar distraída na rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta cujo motorista não teve tempo de frear. O bispo mandou parar o automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição sacramental e ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. 

Depois comentou comovido: "Ela estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi Nossa Senhora quem providenciou que um bispo estivesse passando por aqui, justo neste momento!" Um caso diferente - narrado por Dom Marcos Barbosa na obra "O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo" - se passou na Inglaterra. Na hora da morte, um cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus perdão de seus pecados, blasfemava dizendo: "Quero o inferno e o diabo!" Os presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o Escapulário e estendeu- o sobre o blasfemador.Imediatamente este se arrependeu e pediu os sacramentos. 

Segundo antiga e piedosa tradição, a Santíssima Virgem, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu livrar do Purgatório, no primeiro sábado após a morte, todos os que portarem devotamente o Escapulário. Este é o chamado "privilégio sabatino". Para se beneficiar dele é preciso manter a castidade segundo o próprio estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou rezar um terço todos os dias. 

E mais: cada vez que o devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo um pedido à Santíssima Virgem, recebe uma indulgência parcial, isto é, a remissão de uma parte das penas que devia cumprir no Purgatório. 

Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; de Santo Elias, 20 de julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão Stock, 16 de maio." 

O valor e o significado do Escapulário

"O Escapulário funda as suas raízes na tradição da Ordem, que o interpretou como sinal da proteção materna de Maria. Contém em si mesmo, a partir desta experiência plurissecular, um significado espiritual aprovado pela igreja: representa o compromisso de seguir Jesus como Maria, o modelo perfeito de todos os discípulos de Cristo. Este compromisso tem a sua origem no batismo que nos transforma em filhos de Deus." 

Por ele a Virgem Maria nos ensina a:

- Viver abertos a Deus e à sua vontade, manifestada nos acontecimentos da vida; 
- Escutar a palavra de Deus na Bíblia e na vida, a crer nela e a pôr em prática as suas exigências; 
- Orar em todo momento descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias; 
- Viver próximos aos nossos Irmãos na necessidade e a solidarizar-se com eles.
"Introduz na fraternidade do Carmelo, comunidade de religiosos e religiosas, presentes na igreja há mais de oito séculos, e compromete a viver o ideal desta família religiosa: a amizade íntima com Deus através da oração. Põe-nos diante do exemplo das santas e dos santos com os quais estabeleceu uma relação familiar de irmãos e irmãs. O Escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os sacramentos, professam uma especial devoção a Nossa Senhora."

Quem o pode receber?

"Todos os Católicos que o peçam, o podem receber, imposto por um Sacerdote. Podem-no receber ainda as crianças batizadas, mesmo inconscientes e os doentes destituídos dos sentidos, pois, parte-se do princípio que, se conhecessem o seu valor, o quereriam receber. É ótimo o costume de o por logo no dia do Batismo. 

Os Soberanos Pontífices consideram como pertencentes à Ordem do Carmo, todos os que recebem o seu escapulário. Para que todos possam usufruir das graças inerentes ao Escapulário, Sua Santidade, o Papa Pio X, em 16 de Dezembro de 1910, concedeu que o Escapulário, ema vez imposto, pudesse ser substituído por uma medalha que tenha dum lado Nossa Senhora sob qualquer invocação (Carmo, Dores, Conceição, Fátima, etc.) e do outro lado, o Coração de Jesus, e benzida com o simples sinal da cruz, na intenção de substituir este Escapulário. 

Em 28 de Janeiro de 1964, o Papa Paulo VI concedeu ainda que todos os Sacerdotes pudessem impor o Escapulário e substitui-lo pela respectiva medalha, pois até aí era um privilégio dos Padres Carmelitas e de outros Sacerdotes que o pedissem à Santa Sé, e nisto se mostra o desejo da Santa Igreja de que todos o tragam. 

Sua Santidade Pio X concedeu que os militares em campanha possam impor a si próprios o Escapulário ou a medalha, uma vez benzidos pelo Sacerdote, e que tendo acabado a sua missão, continuem a usufruir de todas as graças e privilégios a ele inerentes, sem o terem de receber de novo. 

Normas práticas

- O Escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote ou uma pessoa autorizada; 

- Pode ser substituído por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Santíssima Virgem; 

- O Escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave Marias. 

Fórmula breve para a imposição do Escapulário

Senhor Jesus Cristo, Salvador dos homens, † abençoai este hábito de Nossa Senhora de Carmo, que, como sinal de Consagração a Maria, vai ser imposto ao vosso servo, para que pela intercessão de Maria Santíssima, possa alcançar maior plenitude de graça. 

(Asperge o Escapulário com água benta) 


IMPOSIÇÃO:


- Recebe este santo hábito para que, trazendo-o com devoção, te defenda do mal, e te conduza à vida eterna. - Amém. (Coloca-o ao pescoço de cada pessoa) 

- Participas desde este momento de todos os bens espirituais, de que gozam os religiosos do Carmo, em Nome do Pai † e do Filho e do Espírito Santo. - Amém. 

O Escapulário não é:

- Um sinal de proteção mágica, um amuleto;
- Uma garantia automática de salvação;
- Uma dispensa de viver as exigências da vida cristã.

Mas é um sinal:

- Aprovado pela igreja há sete séculos;
- Que representa o compromisso de seguir Jesus como Maria:
- Abertos a Deus e à sua vontade;
- Guiados pela fé, pela esperança e pelo amor;
- Próximos dos necessitados;
- Orando em todos os momentos e descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias;
- Que introduz na família do Carmelo;
- Que alimenta a esperança do encontro com Deus na vida eterna pela proteção de Maria e sua intercessão.
Os santos e o escapulário

Alguns Santos da Igreja usavam o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vejamos, pois alguns:



São Simão Stock, que teve a dita de receber o Escapulário das mãos da Rainha do Céu, no mesmo dia o tocou no corpo de um moribundo impenitente, obtendo o primeiro milagre do Escapulário com a imediata conversão do doente.






São João da Cruz, ao perguntar muitas vezes ao frade que o assistia em sua última doença, que dia da semana era, explicou: “ Pergunto porque me veio agora à memória quão grande benefício é o que faz Nossa Senhora aos religiosos de sua Ordem que portaram seu hábito e fizeram o que esse privilégio pede”. Realmente faleceu na alvorada de um sábado, 14 de dezembro de 1591. 






Santa Madre Teresa de Jesus
Santa Teresa de Jesus com freqüência se gloriava de portar o escapulário “Como indigna Carmelita”. E zelava para que suas religiosas não deixassem de dormir com ele posto. Dirigindo-se a elas, escrevia: “Só posso confiar na misericórdia do Senhor... e nos merecimentos de Seu Filho e da Virgem Maria Santíssima, Sua Mãe, cujo hábito indignamente trago e vós trazeis”.






Santo Afonso Maria Ligório
Santo Afonso Maria de Ligório não só usava o Escapulário, mas o recomendava insistentemente aos fiéis. O Escapulário com o qual foi enterrado permaneceu incorrupto no sepulcro, e é hoje venerado num relicário em Marianella, sua cidade natal.








São Pedro Claver
São Pedro Claver serviu-se incessantemente do Escapulário do Carmo em seu apostolado com os negros na Colômbia. Conserva-se uma pintura representando-o no leito de morte, com um crucifixo em uma das mãos e o Escapulário sobre o peito; em volta à sua cama, muitos negros com o Escapulário ao pescoço, beijando os pés e as mãos do missionário.




São João Bosco
São João Bosco recebeu-o na infância e o difundiu durante toda a vida. Enterrado em 1888 com o Escapulário, em 1929 foi encontrado o mesmo em perfeito estado de conservação, sob as vestes apodrecidas e os mortais mumificados desse grande apóstolo e incomparável educador da juventude. 








 São Boaventura
São Boaventura dizia: “Desafoguem o peito diante da Virgem do Carmo os pecadores mais empedernidos: revistam-se do seu Santo Escapulário e Ela os conduzirá ao porto da conversão. Honrem-na com o uso do Escapulário e demais obrigações ou obséquios da Confraria."









Beato João Paulo II
"No sinal do Escapulário se evidencia uma síntese eficaz de espiritualidade mariana que alimenta a devoção dos crentes, fazendo-lhes sensíveis à presença amorosa da Virgem Maria em suas vidas. O Escapulário é essencialmente um “hábito”. Quem o recebe é agregado ou associado em um grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmelo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. Quem veste o Escapulário é, portanto, introduzido na terra do Carmelo, para que “coma de seus frutos e bens” (cf.Jr 2,7), e experimenta a presença doce e materna de Maria, no compromisso cotidiano de revestir-se interiormente de Jesus Cristo e de manifestá-lo vivo em si para o bem da Igreja e de toda a humanidade." (Papa João Paulo II)